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“Ameaça à estabilidade econômica revolta o país”, por Terezinha Nunes

Por Terezinha Nunes

Tarifa zero, abaixo a corrupção, mais educação, saúde e segurança. Em linhas gerais, têm sido esses os temas responsáveis, a olhos vistos, pelas passeatas de contestações e revindicações que têm tomado as ruas do Brasil. De repente, a letargia, que estava incrustada na maior parte da sociedade diante dos desmandos de toda natureza e da excessiva concentração do poder em um grupo político dominante – comandando pelo PT – foi pelos ares. Quem tem algo a dizer está saindo de casa, sem ódio e sem medo, para reivindicar seus direitos.

O que teria levado essas concentrações, cada vez maiores, a eclodir quando a imprensa já noticiava a possibilidade da, até então, muito bem avaliada presidente Dilma, vencer o pleito de 2014 logo no primeiro turno?

Até o momento ninguém conseguiu chegar ao “x” da questão, mas muitas donas de casa já vinham mostrando insatisfação e irritação com algo que ainda não foi explicitamente às ruas, mas está latente no ambiente de todas as famílias brasileiras : a volta da inflação.

Desde que o PSDB, no governo Fernando Henrique, conseguiu acabar com a ameaça inflacionária e fazer o Brasil conviver, pelas primeira vez em sua história, com a estabilidade econômica, que a sociedade passou a experimentar uma sensação de bem-estar jamais vista. O PT soube tomar partido disso acrescentando a estes ingredientes programas de distribuição de renda que calaram a população mais pobre.

Não deu outra: está há 10 anos no poder mergulhado na corrupção, fazendo pouco caso de tudo e de todos, calou os movimentos sociais e se preparava para continuar mandando em toda a nação por mais não se sabe quantos anos.

Tudo, porém, parece desmoronar agora. Com a volta da inflação, a população descobre que a estabilidade conquistada lá atrás não está mais garantida e resolveu se rebelar. Está cobrando todo o atrasado do que foi obrigada a engolir como o caos na educação, saúde e segurança, o colapso na infraestrutura e, sobretudo, a incerteza sobre o futuro. O rei, de repente, ficou nu.

Neste momento, quando completa 25 anos e festeja os 19 anos do Plano Real, o PSDB assume a sensação do dever cumprido. Não só implantou a estabilidade econômica como, através dela, garantiu a estabilidade política do Brasil.

A população vai reconhecer isso hoje ou amanhã quando, decantado o processo da rebelião atual, compreender que com a moeda estável uma nação nasce, cresce e até se reinventa. Mas com a moeda fraca toda conquista de anos pode ir para o beleléu.

Dilma paga no momento o pato pela desestabilização econômica que ajudou a promover mas não vai demorar e essa fatura vai cair no colo de todo o PT e, principalmente, do ex-presidente Lula que, do alto de sua prepotência e surfando na onda da estabilidade implantada pelos tucanos, nada fez para readequar a economia do país ao novo panorama econômico mundial. Vai pagar ainda mais caro por isso.

*Deputada estadual (PSDB-PE)

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