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“Concursos: nenhum sinal para a colocação dos já aprovados”, por Andreia Zito

Andreia Zito foto Alexssandro LoyolaSão sempre muito bem-vindas as notícias sobre a abertura de novos concursos públicos, novas ofertas de emprego no mercado de trabalho da administração pública federal. Ninguém ousaria contestar notícias tão animadoras, que proporcionam ao brasileiro a perspectiva de ocupação digna. Mas as políticas públicas definidas em nosso país, no que se referem ao assunto, muitas vezes nos preocupam.

Volto a falar sobre o assunto porque há poucos dias ficamos sabendo pela imprensa de que Brasília é a capital dos concursos, já que quatro ministérios estão abrindo processos seletivos totalizando 741 vagas, das quais 553 para posse e exercício nesse estado da federação. É muito dignificante saber que essas vagas estão distribuídas entre os ministérios da Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, Justiça e das Comunicações, sendo em sua grande maioria para profissionais de nível superior em diversas áreas.

É sempre muito bom termos a expectativa de que muitos brasileiros que estudaram, se preparam, se qualificam, poderão realizar seus sonhos. Outra notícia muito boa divulgada pela mídia é de que a Polícia Rodoviária Federal está realizando concurso para o preenchimento de mil vagas e formação de cadastro reserva para o cargo de policial rodoviário federal.

Mas não posso deixar de manifestar a minha grande preocupação porque não estamos vendo até agora nenhum sinal para a convocação de candidatos aprovados em processos já ocorridos, e que se encontram na qualidade de “excedentes à lotação” em diversos ministérios e autarquias. A situação desses profissionais não preocupa o governo? Afinal, eles continuam acreditando numa oportunidade que viria a acontecer dentro do prazo de validade do concurso realizado para suas convocações. Mas parece que isso não acontecerá.

Hoje existem candidatos excedentes nas áreas da Advocacia Geral da União, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Polícia Rodoviária Federal, entre outras, e não sabemos se serão aproveitados. Por que não convocam os aprovados? Onde está o respeito a esses brasileiros?

*Deputada federal (PSDB-RJ)

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