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“Busca de um país melhor”, Janice Massabni Martins

janiceTenho assistido as movimentações das ruas, a principio meio acéfala, sem objetivos delineados, com líderes escondidos atrás de máscaras e bandeiras de partidos políticos hasteadas.

Ouvi falar até na primavera brasileira,fazendo a ponte com a primavera dos povos, nome dado ao conjunto dos movimentos revolucionários de 1848, em especial devido ao seu caráter nacionalista. A Europa da época era composta por diversas regiões multiétnicas, em especial no leste do continente, onde havia grandes impérios como o Austríaco e o Russo, nos quais as nações não eram respeitadas ou sequer ouvidas. Na região da Alemanha e da Itália também houve revoltas, havia unidade cultural, mas não política. Os levantes de 1848 afirmavam as diferenças ou semelhanças, as identidades dos povos.

Temos que ter o cuidado de afastar ambos os movimentos já que não vejo como um levante mundial, tampouco identifico o caráter nacionalista que vivi nos movimentos de anistia e das diretas. Tive a alegria de levantar as bandeiras de movimentos populares, assim como de ouvir e conviver com o Governador Franco Montoro que foi uma das principais lideranças na luta pela redemocratização do país e da campanha pelas eleições diretas para presidente da República, ao lado de Tancredo Neves e Ulysses Guimarães, Vivíamos uma luta com ideias.

Ontem assisti nosso governador buscando o diálogo, e vi o Secretariado de Segurança Pública buscando uma manifestação pacífica, a PM tem o dever de garantir a livre manifestação de qualquer grupo que seja, porém, em caso de excessos tem a obrigação de coibir.

Sim, temos direito de nos manifestar, mas temos mais direitos além desse, o de ir e vir, a garantia de vida e bem-estar sócia. Está, sim,  na hora de irmos às ruas, de acabarmos com esta “pseudo-democracia” que está bem próxima da oligarquia, generalizada nos poderes, com esta corrupção desenfreada,  com esta impunidade que gera violência, mas principalmente está na hora de focar estes pontos e lutar pela moralidade, pelo direito a saúde e educação.

A população está cansada de viver em cárcere privado, enquanto, aqueles que não obedecem as leis, não pagam impostos, nos mantêm refém em nossas próprias casas. É o momento do basta, mas um basta com responsabilidade. Um basta aos bilhões gastos em eventos para inglês ver, um basta à falta de investimento em educação básica, um basta aos salários de miséria, um basta à política assistencialista que já se mostrou ineficiente, um basta ao desgoverno federal. Um basta à corrupção que nos afasta de ser um país de primeiro mundo. Um basta a tudo que trabalhamos mais de 5 meses por ano pra pagar  e não vemos resultados.

*Presidente do Secretariado Municipal de Mulheres do PSDB-SP

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