A premiação tem como objetivo homenagear mulheres e entidades que colaboraram para a criação ou implementação de ações e programas de promoção social, econômica, política e cultural, em prol da defesa dos direitos femininos, no combate à discriminação e às desigualdades de gênero.
A cerimônia, com a entrega de 22 medalhas às mulheres e instituições agraciadas, será no dia 17 de maio, às 19h, no Centro de Eventos Brasil 21, ao lado da Torre de TV.
Confira abaixo o perfil das mulheres e entidades:
HOMENAGEM ESPECIAL
Foi secretária do Desenvolvimento Social no Rio de Janeiro, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e participou da elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Ministra de Estado de Assistência Social entre 1999 e 2002, durante o governo FHC, Wanda coordenou o Projeto Alvorada, que incluía l6 programas sociais de diferentes áreas. Criou o Cadastro Único de programas sociais do governo, projeto fundamental ao combate às desigualdades sociais no país.
Ao longo de sua carreira, exerceu, até 2006, a chefia da Divisão de Desenvolvimento Social do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Washington (EUA). Também fundou a Associação Projeto Roda Viva, parceria entre ONGs e a sociedade civil que assiste crianças e adolescentes de comunidades carentes.
AMAZONAS
Foi a primeira mulher presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJA) e do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM). Também foi a segunda mulher a se tornar desembargadora no país.
Marinildes ganhou fama nacional quando, na qualidade de Corregedora-Geral do Tribunal de Justiça, participou, em 2002, do desmonte de grilagem de terras da União, no Estado do Amazonas, ao lado do Ministro da Reforma Agrária, Raul Jungmann, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
CEARÁ
Desde então, em 14 anos de existência, a associação foi responsável por diversas iniciativas, entre elas o apadrinhamento, que consiste na doação mensal de alimentos para viabilizar o reforço nutricional dos pequenos pacientes.
Em dezembro de 2000, após congregar um número significativo de voluntários, a APP inaugurou o Hospital Dia Peter Pan. Passou a concentrar todo o serviço público destinado a atender diversos segmentos sociais, com foco no tratamento especializado, atendimento humanizado e diagnóstico precoce do câncer infanto-juvenil.
DISTRITO FEDERAL
A iniciativa atende crianças e jovens de seis a 14 anos. Oferece atividades educativas, lúdicas, culturais e pastorais, além de alimentação, atendimento médico, odontológico e psicológico. Todo o trabalho é realizado com a colaboração das famílias dos alunos, especialmente as mães, que participam de atividades como voluntárias e dispõem do projeto Mulheres e Meninas, que oferece diversos cursos profissionalizantes.
Mantém sua obra social com doações da comunidade local e a promoção de bazares beneficentes, além da venda de pães, biscoitos e bolos, fabricados na cozinha da instituição. O trabalho foi reconhecido pelo projeto Criança Esperança, parceria da Rede Globo com a Unesco, que incluiu a instituição brasiliense entre os 114 projetos que apoiou no ano passado.
ESPÍRITO SANTO
O processo de fabricação das peças é praticamente o mesmo que os índios usavam na época do descobrimento. Transmitido de mães para filhas, permite que a identidade cultural da atividade seja mantida com poucas alterações, há várias gerações.
A Associação das Paneleiras já se tornou um dos pontos turísticos da cidade, sendo visitada regularmente. Desde 1987, promove a Feira Anual das Paneleiras de Goiabeira, onde as artesãs vendem as panelas, cozinham e servem moquecas, em meio a apresentações de cantores populares e bandas de congo.
GOIÁS
Sua atuação na Casa resultou em uma conquista histórica para a educação no Brasil. Tornou-se lei federal um projeto de sua autoria que conduz crianças para a escola pública com seis anos e amplia para nove anos a duração do ensino fundamental.
Raquel também participou ativamente da elaboração do 1º e 2º Plano Nacional de Educação. Foi secretária de governo na administração tucana de Marconi Perillo (2005 e 2007). Atualmente, é diretora executiva da Fundação Jaime Câmara, entidade do Terceiro Setor em Goiás que mantém ações de investimento social nas áreas de educação, saúde e cultura.
ALAGOAS
Em 2003, ficou amplamente conhecida pelo seu trabalho espiritual em cultos afro-brasileiros e pelos projetos sociais, Mãe Neide inaugurou o Grupo União Espírita Santa Bárbara – GUESB. Mais tarde, a entidade se transformou em uma Ong voltada à promoção da cidadania, por meio da difusão de cursos e oficinas que beneficiam crianças e adolescentes.
Além de promover a distribuição mensal de cestas básicas para a comunidade local, Mãe Neide foi responsável pela criação do projeto Casa das Janaínas, que abriga adolescentes grávidas em vulnerabilidade social e conflito familiar.
MARANHÃO
De imediato, iniciou uma campanha pela compra de uma bomba de cobalto para o hospital Aldenora Bello, equipamento necessário ao tratamento da doença. Também articulou a construção de um novo pavilhão para o hospital. Enide promoveu diversas ações para angariar fundos: pedágios em sinais de trânsito, venda de utensílios domésticos, bingos, sorteios e festas.
Após a morte do marido, em 1976, a maranhense uniu a Rede e a Liga de Combate ao Câncer para criar a Fundação Antonio Jorge Dino, que há mais de três décadas é referência na prevenção, tratamento e apoio a pacientes com câncer. Hoje, além do Núcleo de Voluntárias e Casas de Apoio, a Fundação conta com quatro unidades operacionais.
MATO GROSSO DO SUL
Criou o coral ”As Meninas Cantoras de Porto Murtinho”, que gravaram cinco CDs experimentais e dois DVDs, o programa “Patrulha Mirim”, onde era desenvolvida a atividade de Judô e jogo de xadrez, além dos projetos “Jovem Cidadão” e “Jovem Universitário”, programas de estágio remunerado.
Maria Lúcia também implementou outras iniciativas: atividades recreativas para crianças, em parceria com o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), aulas de karatê e o projeto Touro Candil, que formou grupos de dança popular.
MATO GROSSO
Criou e coordenou o projeto “Questão de Gênero”. Lançado em abril de 2009, destina-se a prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, com alcance em escolas públicas, sobretudo nas periferias. A ação obteve premiação pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) como uma das três melhores do país, reproduzida em vários estados.
Em abril de 2012, foi indicada como uma das 25 “mulheres que fazem a diferença no Brasil”, ao lado de personalidades históricas nacionais e internacionais, sendo a única da área jurídica. Seu primeiro livro, “Direitos Humanos das Mulheres”, escrito em parceria com a juíza Amini Haddad Campos, teve os principais entendimentos referendados por decisão do STF, em fevereiro de 2012.
MINAS GERAIS
Com o tempo, a associação, em parceria com ONGs e grupos de voluntários, passou a realizar atividades sociais em diversas comunidades locais.
Uma das iniciativas que mais repercutiu foi a implantação do Centro de Informática e Desenvolvimento da Educação Comunitária (CIDEC). O projeto, uma parceria entre a ACNC, o Comitê para a Democratização da Informática (CDI) e a Fundação Vale, trouxe a primeira escola de informática à zona rural do estado.
O sucesso do programa fez com que a ACNC expandisse para outras localidades, criando o CIDEC Itinerante, levando computadores às comunidades vizinhas de Palmital e Lages.
A associação também articulou a venda dos produtos produzidos pelas artesãs: tapetes, colchas, bolsas, fuxico e roupas íntimas, vendidas em todo Brasil.
PARÁ
O objetivo foi divulgar e esclarecer a opinião pública sobre os aspectos que envolvem a problemática dos portadores de Insuficiência Renal Crônica (IRC) e colaborar com instituições médicas ou similares que prestem trabalhos nessa área.
Para promover a contínua melhoria da qualidade de vida dos pacientes, a associação realiza ações de atendimento psicológico e de saúde, além de iniciativas em âmbito socioeconômico e profissional.
Entre as principais iniciativas estão o desenvolvimento de projetos sociais como o Mosaico, que capacita jovens na produção de peças artesanais, criando novas possibilidades de geração de renda para as famílias. A ARCT também promove palestras, oficinas educativas e de trabalho em grupo, atividades de lazer e socialização e participa ativamente da campanha estadual de doação de órgãos.
PARANÁ
Trabalhou como diretora do Clube Sírio Libanês do Paraná, participou do Clube Soroptimista, da Sociedade das Senhoras Libanesas do Paraná e da Irmandade Ortodoxa.
Nas ocasiões de calamidade pública, organizou doações para as famílias vítimas das enchentes. Recolhia cobertores e toalhas para abastecer os hospitais locais.
Há mais de 40 anos preside o departamento feminino do Sindicato dos Clubes Esportivos de Cultura Física e Hípicos do Estado do Paraná – SindiClubes-PR. Mensalmente faz eventos beneficentes com renda destinada a entidades filantrópicas, como a Santa Casa de Misericórdia, o Hospital Pequeno Príncipe e o Asilo São Vicente de Paula.
PERNAMBUCO
Durante o governo militar, foi exilada no Chile e, posteriormente, na Alemanha, onde teve contato com o movimento feminista europeu. É uma das fundadoras do Grupo “Mulheres na Alemanha”.
Autora de publicações sobre o feminismo e a mulher, Cristina participou nas décadas de 1980 e 1990, da fundação de grupos como o Centro de Estudos e Documentação da Mulher (Cendo/Mulher) e do Fórum de Mulheres de Pernambuco. Na Fundação Joaquim Nabuco, criou a Coordenadoria de Estudos da Mulher.
Tem se dedicado à luta em defesa da democracia e por uma perspectiva de vida melhor para as mulheres.
RIO DE JANEIRO
Em sua trajetória na luta contra a doença, atuou no Serviço Nacional de Câncer, onde ficou responsável pela implantação de hospitais especializados no país. Foi também fundador da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e da Federación de las Sociedades de Cancerología Del Mercosur.
Fez parte ainda do quadro de médicos do “MD Anderson Cancer Institute”, em 1977, e do “Mount Sinai Comprehensive Cancer Center”, em 1992, nos Estados Unidos. Atualmente é especialista em Mastologia e Cancerologia e presidente da Associação Brasileira de Assistência aos Cancerologistas no Hospital Mário Kroeff, instituição filantrópica que presta assistência oncológica à população do Rio de Janeiro.
RIO GRANDE DO NORTE
, Hebe Marinho Nogueira Fernandes foi promotora e procuradora de Justiça do Rio Grande do Norte.
Em 1960, assumiu o cargo na promotoria da Comarca de Taipú. Assumiu a Procuradoria de Justiça, em 1968.
Professora e coordenadora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), tem doutorado pela universidade francesa Sorbonne (1982). Assina publicações como “A relação de emprego e o trabalho da mulher” (1990).
Também foi presidente do Conselho Estadual das Mulheres do Rio Grande do Norte, de 1975 a 1978. Sempre lutou para que as mulheres tivessem acesso à educação.
RIO GRANDE DO SUL
Exerceu a advocacia como assessora jurídica da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase) em Porto Alegre, acompanhando a situação dos adolescentes infratores.
Em 2002, foi assistente do Ministério Público Estadual. Atuou por dois anos na 2ª Vara do Júri de Porto Alegre. Aprovada em 2004 no concurso para Delegados da Polícia Civil do estado, atualmente é titular da Delegacia de Polícia para a Mulher de Porto Alegre.
Em 2011, foi nomeada Coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM) do Rio Grande do Sul.
Destaca-se no combate à violência contra a mulher e na luta pela elaboração de políticas públicas para a população feminina.
RONDÔNIA
Como deputado estadual durante a elaboração da Constituição do Estado de Rondônia, lutou pela igualdade entre os sexos e o reconhecimento da força de trabalho feminina.
Posteriormente, na primeira vez como prefeito de Ji Paraná, nomeou mulheres para cargos de destaque. Priorizou o funcionamento de creches, além de disponibilizar cursos profissionalizantes para mulheres de áreas carentes e do setor rural da cidade.
No Senado, apoiou a política pela ampliação dos direitos da mulher e defendeu penas mais duras em casos de violência doméstica.
À frente do governo do Rondônia, manteve a equiparação de cargos, facilitou o acesso da mulher aos serviços públicos de qualidade e investiu em políticas de saúde específicas.
Ao retornar à prefeitura de Ji-Paraná, por dois mandatos seguiu com ações de valorização de políticas múltiplas. Criou centros de apoio e referência para garantia de direitos e oportunidade de inclusão das mulheres. Viabilizou a compra e instalação de um equipamento de mamografia para diagnóstico. Construiu, no Hospital Municipal (HM), novas alas de maternidade, para uso exclusivo de gestantes e pediatria.
SANTA CATARINA
Congregando esforços da comunidade, a Associação tem parceria com diversas empresas e entidades que contribuem com doações e eventos para levantamento de fundos. Um dos principais projetos desenvolvidos é o Adote um Quarto, que faz reformas na estrutura do hospital com o apoio financeiro da população. Já foram reformados 92 quartos.
Graças à iniciativa, o Hospital Santa Isabel é hoje referência em saúde em Santa Catarina e em âmbito nacional, com procedimentos de alta complexidade, aumentando o número de transplantes.
SÃO PAULO
Em 1986, ao lado do marido, Marcos Zerbini (atual deputado federal), fundou a Associação dos Trabalhadores Sem Terra de São Paulo. Movimento popular ligado à moradia, a entidade mobiliza grupos de pessoas para a compra de grandes áreas de terra transformando-as em lotes populares. Mais de 18 mil famílias já foram beneficiadas.
Em defesa das mulheres e da família, Cleusa lutou incessantemente para que a escritura dos imóveis fosse sempre outorgada em nome das mulheres.
O trabalho social se estendeu com a criação de centros comunitários. Nos espaços, são oferecidos cursos com lições de cidadania, aulas de ginástica, música e capacitação profissional, contemplando mais de duas mil mulheres.
Como presidente da associação, coordena um centro de atendimento jurídico gratuito às mulheres.
Também preside a Associação Educar para a Vida, que desenvolve parcerias com diversas universidades privadas tendo em vista adquirir descontos parciais para mais de 80 mil jovens carentes.
SERGIPE
Seu trabalho é voltado à garantia de uma saúde digna à população. Na Promotoria dos Direitos à Saúde, ajuíza diversas ações em defesa dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), resguardando os direitos de pacientes com câncer, renais crônicos, com transtornos mentais, entre outros.
Euza também é reconhecida por iniciativas em prol da recuperação de hospitais e na luta pelo respeito à assistência às mulheres na maternidade Nossa Senhora de Lourdes, especializada em gravidez de alto risco e contra a falta de medicamentos.
A sergipana foi professora da Escola Superior do Ministério Público (MP-SE), Escola Superior da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SE) e da Escola Superior da Magistratura.
TOCANTINS
Em 1993, a artista plástica, fez primeira exposição individual, Telhas do Tocantins. Participou de diversos movimentos culturais da capital, como integrante do Conselho Estadual de Cultura. Também foi voluntária na criação de todos os grupos de atividades para os idosos, tornando-se, posteriormente presidente do Conselho Estadual do Idoso.
Em 2006, envolveu-se na criação da Universidade Federal da Maturidade, projeto que oferece atividades aos idosos com o objetivo de reintegrá-los à sociedade. Foi integrante da primeira turma de formandos, onde ocupa o cargo de coordenadora de Cultura. Sempre presente em atividades político partidárias, foi presidente do PSDB Mulher do Estado do Tocantins. Atualmente, é presidente honorária do partido.