Artigo da presidente do PSDB-Mulher, Thelma de Oliveira
Nesse sentido, foi esclarecedor para a opinião pública e, em especial, para a nossa juventude, observar o comportamento autoritário, prepotente e stalinista do PT, do PCdoB e do governo brasileiro por eles comandado.
O cerco, os xingamentos e o impedimento da exibição do documentário “Conexão Cuba Honduras” do cineasta Dado Galvão, em Feira de Santana, na Bahia, foi uma vergonha para o país. Um triste episódio de intolerância.
Mas revelou as verdadeiras faces desses partidos que em seus programas defendem a democracia, a liberdade de expressão e de organização, mas atacam miseravelmente uma jornalista e blogueira que apenas retrata o dia a dia do povo cubano vivendo em uma ditadura com mais de 60 anos de domínio de um partido único, aliás sonho de muito petista para o Brasil.
O que para alguns ainda é surpreendente e precisa ser denunciado, é que o PT e mais ainda o PCdoB lutaram pelo fim do regime militar brasileiro que por mais de 25 anos impôs uma ditadura ao povo brasileiro. Universidades fechadas, estudantes punidos, políticos cassados, censura à imprensa, tudo isso nós vivemos, como hoje vivem os cubanos.
Os anos de sofrimento e de ditadura brasileira – inclusive com a morte de jovens brasileiros desses partidos – não os impediram de querer repetir os mesmos gestos de agressão, de cerceamento ao livre debate, como ocorreu no interior da Bahia.
Lamentavelmente, não só internamente, mas em nível de comunidade diplomática internacional, ficamos sabendo que um graduado funcionário do governo brasileiro recebeu e transmitiu um dossiê para parte da imprensa e de responsáveis das redes sociais para denegrir a imagem de Yoani Sánchez. Mais uma vergonha internacional que esse governo e seu partido impõem ao Brasil.
Porém, mais uma vez, no cenário nacional e internacional, o PSDB aparece como o verdadeiro partido democrático dos brasileiros, ao lado de outras agremiações hoje reunidas na oposição, como o DEM e PPS.
Partiu do deputado federal Otávio Leite, tucano do Rio de Janeiro, a oportunidade de dar à ela – e ao povo brasileiro – o direito sagrado de expor suas ideias, de expor suas convicções, de defender a democracia no seu país, na casa do povo, o Congresso Nacional.
Com sua sensibilidade e argúcia, Yoani Sánchez, sintetizou muito bem o que viu no Brasil e o que representou o convite do PSDB para a sessão de cinema e o debate que se seguiu: “Sonho com o dia em que nosso Parlamento ouça todos os tipos de vozes. Levarei boas lembranças do Brasil.”
Estamos certos de que com o fim próximo do regime cubano, Yoani Sanchez voltará ao Brasil, oficialmente, como uma das representantes do seu povo. E relembrará que, aqui, no solo brasileiro, recebeu uma acolhida digna de brasileiros democratas e de um partido verdadeiramente democrata, que é o PSDB.
Somos um partido que temos nosso programa com seu conteúdo ideológico próprio, mas sabemos conviver e respeitar a pluralidade e a diversidade de ideias, de opiniões de pontos de vistas distintos. Respeitamos a independência dos poderes e a liberdade de imprensa e de expressão. Mostramos isso ao Brasil, na visita da jornalista cubana.
Isso é democracia, que aqui foi duramente conquistada pelo povo brasileiro. Em sua bagagem, Yoani levará um pouco de como foi essa luta no livro que trata da trajetória política do ex-governador de Mato Grosso, o tucano Dante de Oliveira, sobre Democracia e Liberdade de Expressão.