Por Andreia Zito
A luta das mulheres por mais espaço na vida política do país vem desde o tempo do Império, passou pela conquista do voto feminino, pelo estabelecimento de cotas para candidatas por partido e chegou à realidade de termos uma mulher à frente da Presidência da República.
No entanto, ainda é pequena a participação feminina na vida político-partidária brasileira. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do total de 448.771 candidatos às eleições municipais de 2012, as mulheres representaram a terça parte (30,702%), ou 137.783, enquanto os candidatos masculinos somaram 310.988, o que equivale a 69,298%.
No meu estado (Rio de Janeiro), a situação não é diferente: foram 13.869 candidatos (69,894% do total) contra 5.974 candidatas (30,106%), englobando postulantes aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador.
Sem atender à legislação que estabelece o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo, os partidos não conseguem registrar candidatos. Mas não é tão fácil resolver essa discrepância. Além de ainda enfrentarmos o preconceito e a falta de oportunidades, também temos nossa parcela de responsabilidade nessa tímida participação parlamentar. É preciso que as mulheres também percebam seu papel na formação da cidadania e na garantia dos princípios democráticos.
Através da participação ativa nos partidos políticos e em movimentos e entidades da sociedade civil organizada, a mulher tem condições de alcançar cargos e mandatos eletivos de destaque. Quanto antes começarmos, melhor.
Deputada federal (PSDB-RJ)